Por Projeto Albatroz
Quase um ano após a assinatura do termo em que a Prefeitura de Cabo Frio (RJ) afirmou a intenção de ceder um terreno para o Centro de Visitação de Educação Ambiental Marinha do Projeto Albatroz, será lançada a pedra fundamental do empreendimento, que terá mais de 18 mil m² em frente à Lagoa de Araruama. O evento contará com a presença de autoridades do estado, municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios e também representantes do Instituto Albatroz na próxima quinta-feira (10), às 10h.
A solenidade sinalizará oficialmente a localização do centro, que terá como objetivo principal disseminar a educação ambiental marinha para crianças, jovens, pescadores, artesãos locais e turistas de toda a Região dos Lagos. Nele, os visitantes poderão conhecer a biologia e as características dos albatrozes e petréis, grupo de aves mais ameaçadas do planeta. No espaço, também serão realizadas exposições tecnológicas e artísticas, oficinas e atividades socioambientais e culturais para o público.
Diretora executiva do Instituto Albatroz, Tatiana Neves, aponta localização do Centro Albatroz
O projeto arquitetônico do espaço já está finalizado e o próximo passo será passar pela aprovação dos órgãos competentes.
Entre as autoridades que estarão no evento, estão o prefeito de Cabo Frio, Dr. Adriano Moreno e o coordenador do Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento, Mário Flávio Moreira, entre outros. A diretora executiva do Instituto Albatroz, entidade mantenedora do Projeto Albatroz, Tatiana Neves, estará presente com a equipe.
Para a bióloga, que fundou a iniciativa há 29 anos, é emocionante ver o sonho do Centro Albatroz sair do papel depois de tantos anos. “Construir o Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha em Cabo Frio, uma das mais belas regiões da costa do Brasil, é um grande sonho para nós”, afirma. “Poder mostrar a beleza das espécies e ambientes marinhos e fazer as pessoas perceberem a importância da conservação dos oceanos por meio de ferramentas lúdicas como exposições, jogos e muita interatividade, é uma de nossas mais nobres tarefas”.
Aproximar essas aves que vivem em alto-mar do público é parte fundamental da sensibilização em prol da conservação marinha. Ainda de acordo com Tatiana Neves, Cabo Frio é uma região estratégica para o trabalho do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, porque está nas proximidades de outras cidades relevantes para a conservação, como Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Niterói e Rio de Janeiro.
Apresentação na Tribuna Livre
No mesmo dia do lançamento da pedra fundamental, às 18h, a fundadora do Projeto Albatroz fará uma apresentação pública sobre o Centro Albatroz durante sessão na Câmara dos Vereadores de Cabo Frio, voltada para a população da cidade.
O intuito é mostrar detalhes do projeto que, além de gerar empregos e colaborar para o desenvolvimento sustentável da região, também deseja criar uma área que envolva o público, valorizando os pescadores e artesãos das cidades próximas, além da promoção do envolvimento de crianças e jovens dentro das atividades e ações propostas pelo Centro Albatroz.
Projeto Albatroz no Rio de Janeiro
Desde 2014, o Projeto Albatroz mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio (RJ). Por meio da parceria com o Grupo de Estudos da Pesca (GEPESCA), coordenado pelo Prof. Eduardo Pimenta, foi possível ampliar os estudos do Projeto Albatroz para o Porto de Cabo Frio, rota de diversas embarcações de pesca de espinhel com a qual albatrozes e petréis interagem e pela qual são capturados. Também são desenvolvidas ações de educação ambiental com os pescadores e público em geral da região.
Projeto Albatroz
Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.
A principal linha de ação do Projeto, nascido no ano de 1990, em Santos (SP), é o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.
Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS) e Cabo Frio (RJ).
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