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O estado do Rio em suas mãos 

Segunda, 22 Janeiro 2018 18:12

Brasil na mão de "meia dúzia"

Coluna

O relatório da Oxfam 2018, que aponta  que apenas cinco bilionários brasileiros têm mais dinheiro que a metade do Brasil só reforça o que todos já sabem.


Enquanto a nossa Educação for uma piada seguiremos com essa triste realidade

40 milhões de brasileiros vivendo na absoluta miséria, em residências sem acesso a água potável, mesmo estando no país com as maiores reservas de água doce do mundo. Em um terço dos 1.444 municípios do semi árido nordestino, mais de 10% das crianças sofre de desnutrição – no país que mais produz proteína animal no planeta. Riquezas naturais e qualidade de vida para a população não são necessariamente coisas que andam lado a lado. Infelizmente, no nosso Brasil quando o assunto é a riqueza produzida por cada cidadão, ocupamos a incomoda 80ª posição mundial.

Ainda que não nos consideremos mais um país agrário, mantemos instituições idênticas às dos nossos tempos de colônia, moldadas para perpetuar e fomentar a manutenção da desigualdade e o extrativismo de renda de formas que vão bem além do furto que você sofre todos os dias ao pagar impostos para financiar Joesley Batista e aliados. E nossos impostos, que seria uma forma de transferir renda dos pobres para os ricos, porém, a verdade é que por causa da falta de investimento na Educação e Cultura, alcançaremos somente em 2026 a mesma produtividade que cada cidadão americano tinha no início da década de 1960.

Por outro lado, vale lembrar que no Brasil colônia, o dinheiro do açúcar enriqueceu meia dúzia. Nos Estados Unidos da América (EUA), que sempre investiu na educação, e criou a indústria, as ferrovias acabaram fomentando o comércio a distância, que também estava nascendo no final do século 19. Naquela época, os EUA ao mesmo tempo em que atiçava o comércio, conseguiu unir trabalho (população), capital (máquinas, terras, equipamentos) e tecnologia (educação). Enquanto por aqui,

a concentração de poder econômico e político, na mão de "meia dúzia"  provocou a geração do termo que o pessoal da economia chama de “instituições extrativistas”. Ou sejam, a política baseada em leis escritas por quem se beneficia delas. Em governantes que, via impostos, fazem com que os pobres banquem privilégios dos ricos, em uma educação que só atende um pequeno grupo de privilegiados. Essas instituições aniquilaram a educação e engessaram o empreendedorismo, porque o capital continua até hoje nas mãos da "meia dúzia de sempre". Fora isso tudo, infelizmente, perdermos a capacidade de produzir tecnologia. Em termos proporcionais ao PIB, investimos três vezes menos em educação básica do que a média dos países ricos. 

Podemos virar o jogo? 

Teremos eleições esse ano. E num momento de aguda crise política como o que estamos vivendo, seria conveniente deixar de votar ou outorgar aos demais o direito de escolha pela omissão. Mas, como escolhi o estado do Rio há mais de 20 anos para chamar de meu, e moro aqui, pago meus impostos, quero alertar que é preciso ter muito cuidado com falsas notícias que chegam todo dia, pelas redes sociais ou whats app, dando conta de que se todos nós votarmos nulos, novas eleições serão convocadas com outros candidatos. É mentira! Como já disse Bertold Brecht  "o analfabeto político odeia a política e estufa o peito para afirmar isso.  Porém, não sabe que da sua ignorância política, nasce a pobreza e o pior de todos os bandidos, que é o político corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

Portanto, se  queremos mesmo manifestar nosso inconformismo com o protesto votando nulo - é direito inquestionável nosso, sim-, porém  ao votarmos nulo, a responsabilidade nossa será a mesma de que a grande omissão em momento de grave crise, como  essa que estamos passando. Sabe por que? Simplesmente porque os votos nulos e brancos não entram no cômputo dos votos, servindo, quando muito, para fins de estatística.  E digo mais, podemos ter alguma esperança de sair do buraco que estamos, mas precisaremos nos unir, buscando informações sobre quais candidatos mereceram ou não votos. Podemos usar as redes sociais para reconduzir os que mereceram crédito e banir os que não mereceram. O mais importante é exercemos nosso o exercício do voto,  um direito conquistado, ou vocês já se esqueceram que há décadas atrás, milhões saíram às ruas para buscar eleições diretas? 



luciano
"Integrando os 92 municípios do estado"
Luciano Azevedo (Fundador e mantenedor)
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