Por Prefeitura do Rio
A Prefeitura do Rio, após um detalhado estudo técnico, está reorganizando o atendimento oferecido pela rede de Atenção Primária na cidade. Elaborada por um grupo de trabalho formado por técnicos das secretarias municipais de Saúde, da Casa Civil e da Fazenda, a adequação ajusta a oferta de serviços à necessidade real de cada região da cidade, uma vez que o estudo demonstrou que a população mais pobre e que conta com menor infraestrutura de serviços públicos, estava contando com menos equipes para o atendimento. O plano ainda busca ainda adequar o serviço ao orçamento municipal, tão impactado pela crise financeira que afetou todo o País, e pela diminuição da arrecadação de tributos.
Na análise feita pela equipe técnica foi possível observar que quase 300 equipes foram contratadas no segundo semestre de 2016, ano eleitoral, e que foram distribuídas para regiões que já contavam com boa cobertura de saúde. “O crescimento da rede é vegetativo, é cadenciado até 2016, quando dá um salto maior que a capacidade da Prefeitura de manter o serviço. Esta adequação apenas equilibra as contas e a manutenção de toda a rede de saúde da cidade”, explicou o secretário da Casa Civil Paulo Messina.
A reorganização feita a partir de critérios técnicos e de produção das equipes vai permitir um melhor acompanhamento do trabalho desenvolvido na Atenção Primária, que deverá aumentar sua produção e resolutividade, absorvendo o público que busca atendimento em unidades pré-hospitalares como as UPAS. No total, 184 equipes de Saúde da Família serão desabilitadas. Importante destacar que o custo (R$ 184 milhões) será revertido em outras estratégias de atendimento na própria área da Saúde.
“Não estamos fazendo cortes lineares. É uma medida pensada e estudada. A Estratégia Saúde da Família é um método de assistência, mas não é o único. Hoje, por exemplo, temos menos de 300 médicos especialistas em Saúde da Família nas equipes. Além de ser um método caro, percebemos que não está funcionando de forma adequada. Objetivo é oferecer mais a quem mais precisa”, esclareceu a secretária de Saúde, Beatriz Busch, acrescentando que o objetivo é, além do melhor serviço, poder manter salários em dia e medicamentos disponíveis.
A reorganização dos Serviços de Atenção Primária tem os seguintes princípios estruturantes:
- Não vai ter cortes de serviços;
- Garantia de acesso à rede de Atenção Básica;
- Permanência do serviço do Médico de Família e dos Agentes Comunitários de Saúde;
Mesmo com as mudanças, o acesso da população aos atendimentos de saúde está garantido
Metodologia de redução de custos - Pilares:
- Foco na permanência de equipes em áreas que mais necessitam;
- Eliminação de equipes com baixa produtividade;
- Aumentar o número de atendimento das equipes que permaneceram.
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